ROBERTO BARBOSA Se os jurados julgaram de forma soberana, se agiram corretamente, se agiram conforme as provas contidas nos autos, isso, agora, não interessa. O fato é que Vitalmiro Bastos de Moura, o “Bida”, acusado de ser um dos fazendeiros mandantes do assassínio da missionária norte-americana Dorothy Stang, foi absolvido no segundo julgamento. No primeiro, havia sido condenado a trinta anos de prisão, portanto, pena máxima. É uma discrepância em julgamentos e um caso inusitado que se observa, sobretudo quando se trata de um fato que teve repercussão internacional, como a morte de Irmã Dorothy. Primeiro, o réu é condenado a pena máxima e, numa segunda chance, ganha a liberdade, como se nada houvesse feito. Boris Casoy diria “é uma vergonha!” Nem precisa ser muito inteligente para saber que o Estado do Pará, sua sociedade e o Estado de direito, com essa absolvição esdrúxula, serão jogados na vala comum: a terra sem lei, terra de degradação da floresta amazônica, terra de pistolagem, ...
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