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O negócio agora é 2010

ROBERTO BARBOSA
As eleições se encerram em definitivo nesse domingo que se aproxima. Contudo, as vistas políticas, agora, se voltam para 2010, quando vão se escolher, os candidatos à Presidência da República, Governo do Estado, Senado Federal, Câmara dos Deputados e assembléias legislativas. Acordos já estão sendo desenhados faz tempo.
Cerca de um ano atrás mais ou menos, não se falava outra coisa que não o fato de Lula não ter um candidato eventual para lhe substituir. Então, eis que apareceu a ministra chefe da Casa Civil e principal articuladora do Governo, Dilma Rousseff. Todavia, ela acabou por se desgastar politicamente e hoje já não é tida mais como uma opção do presidente – do PT, já é outra coisa.
Mas, chegou-se num momento de crise econômica motivada pelos graves problemas ocorridos nos Estados Unidos da América. De início, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que dificilmente o problema atingiria o Brasil, porém, ontem, já mudou o discurso e admitiu que não havia uma simples marola no ar, tanto que o Banco Central gastou até agora dois bilhões de reais para conter a alta do dólar que já está cotado R$ 2,23.
Eis aí que se passa a falar no nome do economista Henrique Meirelles, presidente do BC, para uma eventual substituição de Lula em 2010. Por que ele? Porque se trata de um homem competente para administrar uma crise.
Meirelles tem bom relacionamento com a política econômica internacional. Pode não ter carisma diante da população brasileira, porém, saber administrar, já lhe dá um passaporte enfrentar uma campanha rumo à Presidência. Esta seria uma opção de Lula.
A OUTRA
Outra opção que andou sendo aventada pelos corredores do Planalto nos últimos dias, é um pouco absurda, porém, como em política tudo é possível, então, não se pode duvidar. Segundo essa linha, Lula apontaria seu vice, José Alencar, para concorrer à Presidência e ele, Lula, seria candidato a vice-presidente.
Aliás, segundo consta, essa história já vem se arrastando há bastante tempo e não seria ilegal, já que os dois homens públicos estariam concorrendo a cargos diferentes. Seria uma opção. Entretanto, não parece lícito e decente.

SALADA
° Pesquisa divulgada pelo jornal “O Liberal” de hoje aponta que o candidato à reeleição, Duciomar Costa, teria disparado na frente de José Priante com 50% das intenções de votos. Já o candidato de Jader Barbalho e que seria apoiado pelas esquerdas, estaria com 39%, portanto, sofrendo uma queda em relação ao último dia 11, quando estava com 43%, atrás de Duciomar Costa, com 46%.
° Hoje já se mostra uma certa animosidade entre os eleitores de Duciomar Costa e José Priante, o que é ruim para a democracia. Não adianta discutir, brigar. Adianta votar, seja em quem for.
° A segurança é responsabilidade do Estado, com as polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Rodoviária Estadual, Defesa Civil, etc.
° Cabe ao município gerenciar o trânsito e, com sua guarda municipal, que tem estatuto próprio, fazer a segurança dos prédios e logradouros públicos, sem poder de polícia.
° Uma das maneiras de as prefeituras encararem de frente a violência e proporcionar segurança a seus cidadãos, é dar condições de que os aparatos de segurança possam realizar seu trabalho.
° Não existe outra forma. Qualquer promessa nesse sentido, de quer dar poder de polícia às guardas municipais, é discurso fajuta visando abocanhar votos.
° Acho que a Justiça Eleitoral poderá esclarecer também os eleitores, com relação a promessas faraônicas, essas que, se sabe, são promessas eleitoreiras, totalmente inviáveis e fora da realidade.
° Se a Polícia houvesse atirado em Lindemberg Alves e errado o tiro, acertando uma das reféns, o ato teria gerado muitas polêmicas.
° Como policiais agiram com prudência, a polêmica está em não terem morto de vez o bandido.
° Agora tem especialista pra tudo, mas, na hora de agir, ninguém tomou qualquer decisão. Por que agora todo mundo quer tirar uma casquinha dos policiais que estiveram envolvidos com a tragédia que levou à morte de Elá Pimentel?

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