SERVIÇO FLORESTAL CONCLUI CONCORRÊNCIA PARA CONCESSÃO FLORESTAL NO PARÁ.
Empresas vencedoras ofereceram ágio de quase 25% sobre preço mínimo exigido para manejo na Floresta Nacional de Saracá-Taquera. Elas propuseram investir cerca de R$ 490 mil por ano em infra-estrutura e serviços para as comunidades e municípios abrangidos pela área manejada.
O Serviço Florestal Brasileiro concluiu no dia 9 de junho o julgamento das propostas da concorrência para concessão de Unidades de Manejo Florestal (UMFs) na Floresta Nacional (Flona) Saracá-Taquera, no oeste do Pará. As empresas vencedoras propuseram pagar valores cerca de 25% maior do que o preço mínimo sugerido pelo Serviço Florestal pelo direito de manejar produtos madeireiros e não-madeireiros.
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Para a definição dos vencedores são usados critérios de técnica e preço. Os critérios técnicos avaliam indicadores socioambientais, como maior benefício social, menor impacto ambiental, maior eficiência e maior agregação de valor local. As concorrentes podem somar até 600 pontos em critérios técnicos e 400 pontos no quesito preço.
A empresa Ebata - Produtos Florestais Ltda ofereceu a melhor proposta para a UMF2, cuja área é de 30 mil hectares. Ela se comprometeu a pagar R$ 1.798.685 anuais pela exploração sustentável da Unidade - um valor quase 25% maior do que o mínimo exigido pelo Serviço Florestal. No quesito de critérios técnicos, a Ebata propôs, por exemplo, investir anualmente R$ 306.642,80 em infra-estrutura e serviços para as comunidades das regiões próximas à UMF2.
Para a UMF3, com 18.794 mil hectares de dimensão, a melhor proposta foi da Golf Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. Ela ofertou R$1.092.908 milhões anuais - o que representa ágio de aproximadamente 25% sobre o preço mínimo. A Golf se dispôs a aplicar R$ 180.422,40 em infra-estrutura e serviços para as comunidades das regiões abrangidas pela UMF3. Os valores pagos anualmente pelas empresas terão reajustes anuais segundo o IPCA/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). As duas vencedoras são empresas do estado do Pará.
"Esse resultado demonstra a adequação do modelo adotado para gestão de florestas no país. O ágio sobre o preço mínimo indica a valorização do recurso florestal e os investimentos diretos em serviços para as comunidades da região serão uma parte do retorno desse processo para a população do local. O modelo de concessões adotado para o manejo de florestas no Brasil gera benefícios socioambientais sem estar descolado das relações de mercado." avalia Marcelo Arguelles, gerente-executivo de Concessões do Serviço Florestal.
Contratos
O processo da licitação deve ser homologado no mês de julho pelo diretor-geral do Serviço Florestal, Antônio Carlos Hummel. Em seguida, os contratos de concessão serão assinados. Por 40 anos, as empresas poderão retirar - com técnicas de manejo florestal - produtos como madeira, óleos, sementes, resinas... Pelo direito de manejar a área, as empresas efetuarão pagamentos anuais, de acordo com a produção.
Os recursos arrecadados com a concessão serão empregados na fiscalização, monitoramento e controle das áreas licitadas. Uma parcela de até 30% do montante que for arrecadado com a concessão será destinada ao Serviço Florestal. O restante, pelo menos 70%, será destinado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - o gestor da unidade -, ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal, ao estado do Pará e aos municípios onde se localizam as áreas manejadas (Faro, Terra Santa e Oriximiná).
ServiÇOo Florestal Brasileiro
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