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ORIXIMINÁ - A princesa do Trombetas

Apelidada carinhosamente como a “Princesa do Trombetas”, Oriximiná é uma das mais belas e importantes cidades localizadas na chamada Calha Norte, no Oeste do Pará. O município é detentor de grande potencial econômico, baseado principalmente no extrativismo mineral, pois é grande produtor de bauxita, além da pesca (tucunaré, tambaqui, surubim e acari) e turismo, graças ao seu potencial em belezas naturais como as cachoeiras que atraem milhares de turistas de todas as partes do país e do mundo.
Na zona urbana, o turista que visita a cidade, pode desfrutar de suas belezas paisagísticas, como é o caso da Praça do Centenário, uma das maiores da região; Praça da Saudade, onde pode assistir a lindo pôr-do-sol que a mãe natureza presenteia ao oriximinaense; Praça da Matriz, onde na época do maior círio fluvial noturno do mundo, em homenagem a Santo Antônio, padroeiro da cidade, Oriximiná recebe centenas de turistas de todas as partes, além de hotéis e um sistema de transporte de mototáxi.
Toda essa infra-estrutura existe graças ao royalty pago pela empresa MRN (Mineração Rio do Norte), do grupo Companhia Vale do Rio Doce que, há mais de 26 anos, explora e comercializa a bauxita, matéria-prima do alumínio, neste município. Além disso, o governo municipal conta com as parcerias firmadas entre os governos do Estado e Federal que também vêm colaborando com o desenvolvimento do município de Oriximiná, que tem grandes obras na região como o Parque de Exposição Agropecuária do Médio Amazonas, Praça do Centenário, Feira do Produtor Rural, Núcleo Universitário da UFPA, orla do Iripixi, escolas, biblioteca informatizada e muito mais.

TURISMO - Oriximiná, além das belezas que possui na zona urbana, também tem muito a oferecer nas áreas de zona rural, onde visitantes podem se deslumbrar com as belezas naturais, podendo citar-se as cachoeiras Porteira e Ventilado; florestas, praias, rios, igarapés e lagos. Nos lagos, por exemplo, a pesca esportiva é um dos atrativos turísticos que vem se evoluindo todos os anos principalmente, no lago do Caipuru e seus adjacentes.
No ano de 2003, vários lagos de Oriximiná foram pesquisados quanto ao potencial turístico. No lago do Salgado, por exemplo, foram fisgados três tipos de tucunarés da espécie Cichla Temensis, denominados na comunidade de tucané-Açu, tucanaré-Paca e tucunaré-Amarelo. Depois dessa pesquisa, a comunidade local ganhou um “sítio pesqueiro” autorizado pela SECTAM (Secretaria de Tecnologia e Meio Ambiente do Estado do Pará.
Quem visita Oriximiná se encanta com as belezas naturais e as variedades de espécies de animais principalmente na Reserva Biológica Nacional (RBN) que foi criada para pesquisas, e floresta nacional Saracá-Taquera, que dentro da mineradora faz exploração de bauxita nos platôs existentes com o compromisso de reflorestamento.

DADOS TÉCNICOS :
Com uma área de 108.086 Km2, Oriximiná está localizado na zona fisiográfica do Médio Amazonas, micro-região homogênea de nº 1, à margem esquerda do rio Trombetas. Disto, em linha reta, 810 Km da capital do Estado; por via fluvial, 1.080 Km; e por via terrestre, 4.409 km. Oriximiná ocupa o 49º lugar em relação a distância dos municípios da capital, Belém. Tem as seguintes coordenadas geográficas: 4º 45’ 48 “de latitude sul, e 55º 22’ 09” longitude oeste. A altitude da cidade é de Tumucumaque, com 700 m de atitude. A topografia declina no sentido do Rio Trombetas, e o declive máximo (60.20) é de 40 m.
Coragem, religiosidade e desbravamento
O conhecimento havido entre dois religiosos gerou uma grande amizade e desta, as conversas reservadas, até que o velho abade doou ao Padre José Nicolino um roteiro da viagem de sua fuga pelo rio Erepecuru, dando-lhe a informação da existência de uma igreja de ouro, às margens daquele rio.
Após voltar ao Brasil, serviu a região em vários lugares e, por fim, radicou-se em Faro, onde exerceu com zelo o sacerdócio, sendo um pároco estimado por seus paroquianos e muito cauteloso em seus deveres. Em princípios de 1877, resolveu fazer uma viagem no rio Trombetas, seguindo o roteiro ofertado pelo abade. Foi nessa expedição que, a 13 de junho, o padre fundou a povoação, a qual deu o nome de Santo Antônio de Uruá-Tapera ou Mura-Tapera, esta que é hoje Oriximiná.
Seguindo viagem, ao se aproximar de uma das terras altas, o Padre José Nicolino desembarcou e seguiu a pé. Disse a seus companheiros remeiros que se ele demorasse mais que o necessário, que fossem procurá-lo. E assim o fizeram, encontrando-o caído e desmaiado em frente a um paredão rochoso. Com a ajuda dos remédios da época, o padre voltou a si. Então, a expedição voltou ao seu ponto de origem (povoação fundada) e depois para Faro, onde o religioso continuou sua vida sacerdotal até 1882, quando retornou à povoação de Santo Antônio de Uruá-Tapera até o dia 8 de dezembro, quando faleceu, aos 46 anos de idade.

Círio fluvial noturno: espetáculo de luz e fé
O Círio Fluvial Noturno de Santo Antônio ou, simplesmente, Círio de Santo Antônio, é o maior do mundo e, também, a maior manifestação religiosa do povo oriximinaense. É tempo também para reconciliação entre as pessoas, entre as famílias. É o tempo em que o povo de Oriximiná se une e mostra a sua religiosidade que dista desde a fundação do lugar que gerou o município.
A festa tem em si um espírito de trabalho. Seja na ornamentação da balsa e na confecção das barquinhas, os dois maiores símbolos do Círio de Santo Antônio, ou na ornamentação da praça, da igreja, das ruas por onde a procissão passa etc. Todos os anos o mesmo trabalho, mas com criatividades diferentes. A organização e o movimento na cidade acontece no final do mês de julho.

Salete Marinho

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