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Inflação tira a máscara

ROBERTO BARBOSA

Desde o governo Itamar Franco que a palavra inflação vinha sendo mantida escondida sob a epígrafe do controle da economia. Os próprios órgãos de pesquisa, como o Dieese calculava inflação anual nunca acima de 5% e o governo cuidava de usar uma linguagem rebuscada, dessa que falam à beça e não se entende bulhufas de mel de abelha.
Todo mundo sabia, entretanto, que alguma coisa estava errada; que havia inflação, mas os salários, estes sim, continuavam (?) congelados. O governo só concedia um aumento mixuruca de 10% para o salário mínimo, mas as categorias com outros rendimentos não recebiam esse percentual, ficando as negociações por conta dos trabalhadores de cada categoria.
Os anos foram se passando e a história continuava do mesmo jeito.
Acontece que, agora, a inflação voltou, furou o cerco governamental e meteu a cara no Brasil, galopante, forte, saudável e extremamente prejudicial para o povo e para a política econômica e governamental de Lula, que não tem mais condições de esconder os números. É como querer tapar o sol com uma peneira.
Telenoticiários, na manhã de hoje, já mostravam a situação dramática a partir dos supermercados. Preços altos e a obrigação do consumidor de rever os seus gastos com mais calma para poder continuar sobrevivendo, ainda que apertado.
Brasileiro, aliás, não foi acostumado, culturalmente, a economizar para progredir. A onda de consumismo é grande, sobretudo com o que chamam de “facilidades” para créditos, principalmente o consignado. Facilidades para comprar um carro e pagar por três ou quatro; empréstimos com até 100% para o débito final da conta – isso se a pessoa honrar o seu compromisso sem atrasar nenhuma prestação; além das “promoções” das lojas a quando de festas como Dia das Mães, Círio, Natal e Ano-Novo, quando o consumidor se vê quase que na obrigação de abrir a carteira ou se enterrar no cartão de crédito.
Resultado: inflação sempre existiu, apesar de mascarada com números falsos pelas equipes econômicas.
Quem já está endividado, se puder, salve-se, porque, doravante, a incerteza é maior; é oficial.

SALADA

° CPMF de volta, agora com outro nome.

° Quem quer é o governo, mas ele deixou a bomba na mão dos congressistas.

° Esses é que deverão se transformar em vilões do povo ou da política governamental.

° Pior é a enganação, a mesma da era FHC: de que o imposto do cheque seria para investimentos no setor de saúde.

° Que saúde, se os brasileiros que não têm dinheiro continuam sendo obrigados a procurar os postos de saúde, altas horas da madrugada, para conseguir uma consulta apressada e sem muita frescura?

° Francamente!

° Campanhas eleitorais pelo interior do Estado do Pará já começam a tomar força, não obstante as regras impostas pelo Tribunal Regional Eleitoral.

° Recrudesce a onda de violência na capital paraense. Assaltos e assassinatos estão deixando as autoridades do Sistema de Segurança Pública do Estado apreensivas.

° Cantor Roberto Carlos terá sua auto-biografia publicada, contra sua vontade, pelo escritor Paulo César Araújo, que escreveu o livro “Roberto Carlos em detalhes” (Editora Planeta).

° O Rei tentava de todas as formas impedir a publicação do livro que já está na Internet, mas o autor recorreu de decisão da Justiça, através da 20ª Vara Cível do Rio de Janeiro, que lhe deu ganho de causa, afinal, Roberto Carlos é personalidade pública e, como tal, não tem como impedir que divulguem fatos sobre sua pessoa.

° A única coisa que é proibido é difamá-lo, como a qualquer cidadão, mas, o que houver de verdade, pode e deve ser de domínio público.

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