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Dudu, agora vamos ver!

ROBERTO BARBOSA
Já na reta final da campanha eleitoral para a Prefeitura Municipal de Belém, todo mundo sabia, independente das pesquisas divulgadas pelos jornais, que o então candidato Duciomar Costa, prefeito de Belém, seria reeleito. A cidade amarelou, num fenômeno só visto antes quando a população elegeu e reelegeu em peso o então petista Edmilson Rodrigues.
Um dos compromissos de campanha de Duciomar Costa é dar continuidade ao trabalho começado de dois anos para cá – tempo que ele disse ter tido para desenvolver seu projeto de governo, dado que tinha passado os dois primeiros anos de mandato resolvendo os problemas deixados pela administração anterior. Dessas promessas faz parte levar asfalto a todos os pontos de baixadas que há tantos anos estão esquecidos pelas administrações anteriores.
Duciomar, cujo projeto é continuar prefeito e depois seguir carreira em outro cargo, talvez até de governador do Estado ou Senador da República, deverá honrar cada promessa, cada compromisso, e não fazer como Edmilson Rodrigues que, ao perder para o próprio Duciomar, abandonou por completo a prefeitura, a ponto de sequer passar o cargo para o atual prefeito, o que também acabou por comprometer a sua candidata Marinor Brito. O povo não esquece.
Então, o prefeito eleito Duciomar Costa deverá lembrar disso, que o povo não se esquece e que, agora, dá a resposta nas urnas, assim como fez agora, dando-lhe grande crédito para continuar governando a cidade de Belém do Pará, agora transformada em canteiro de obras que precisam ser concluídas.

O ERRO DE PRIANTE
No primeiro turno falei acerca dos erros cometidos pela então candidata Valéria Pires Franco. Agora, uso desta tribuna para falar um pouco dos erros do candidato José Benito Priante, do PMDB.
Priante já estava no segundo turno. Logo que foi proclamado o resultado das eleições no primeiro turno para a Prefeitura Municipal de Belém, tudo levava a crer que a eleição estava com resultado indefinido. José Priante parecia um rolo compressor, apoiado por uma coligação forte, inclusive com a adesão de quase todos os ex-candidatos derrotados, como Mário Cardoso, Arnaldo Jordy, além, claro, do grande cacife do PMDB, o deputado federal Jader Barbalho, seu primo.
Acontece que Priante, em vez de mostrar plano de governo, projeto de governo, resignou-se a atacar a administração de Duciomar Costa, inclusive saindo da realidade. Por exemplo: Priante afirmava em seu programa de campanha, assim como nos debates, que a Avenida João Paulo II não estava pronta, o que, claro, não é realidade, pois já está saindo no Entroncamento, sinalizada e com uma linha de ônibus própria, que explora a via nos dois sentidos do começo ao fim; dizia que as obras de drenagem na Estrada Nova estavam paralisadas ou que não haviam sido iniciadas, outra aberração, pois as obras estão se realizando; criticava a questão da saúde, quando se sabe que nem Duciomar nem outro governo em qualquer parte do Brasil conseguiu, até então, resolver o problema de forma concreta – que se vê, são medidas paliativas o exibições utópicas; dizia que iria resolver a questão da segurança, quando se sabe que, constitucionalmente, as prefeituras não têm ingerência na questão da segurança, apenas podem dar suporte para que os aparatos do Estado e da União possam fazer a sua parte.
Me pareceu que o candidato José Benito Priante, por si só, se destruiu. É como se tivesse se perdido no que estava fazendo e, assim, caiu sua credibilidade. Em outras palavras, o candidato do PMDB foi o seu próprio adversário, dando armas para que Duciomar conquistasse mais e mais a população, a ponto de fazer a cidade amarelar. Quem amarelou mesmo, nessa altura, foi o próprio Priante.

SALADA
° No dia em que a cidade comemorava a vitória do prefeito Duciomar Costa, também encerrava a maior festa religiosa dos paraenses, o Círio de Nazaré.
° Milhares de pessoas, apesar da eleição, participaram da Romaria da Festa, das missas solenes celebradas e concelebradas na Basílica Santuário, assim como no Conjunto Arquitetônico de Nazaré.
° E apesar da festa com o Dudu, milhares estavam postados em frente da Basílica Santuário, para ver o espetáculo pirotécnico dos fogos em homenagem à Virgem de Nazaré.
° Já na segunda-feira, às 04h30, a Basílica reabria as portas, para que fosse rezado o terço da alvorada e a imagem original, encontrada pelo caboclo Plácido, fosse reconduzida ao Glória, onde ficará até o próximo Círio de Nazaré.
° Depois, ocorreu a Missa no Can, que deu início ao Recírio, a última romaria que conclui a festividade, quando a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, a mesma que veste o manto, é levada para a capela do Colégio Gentil Bittencourt, um percurso de pouco mais de 200 metros.
° E com o Recírio e fim da festividade, e da eleição, a cidade parou para mais um feriado, dedicado aos servidores públicos, quando milhares de famílias se reuniram em confraternizações e passeios, pelo que pude observar em minhas andanças, ontem, pela cidade, que hoje retoma sua rotina.
° Também retomam a rotina, a partir de hoje, a Câmara Municipal de Belém e a Assembléia Legislativa, assim como o Congresso Nacional, que ainda estava meio que parado, esperando o fim do segundo turno, tido como uma nova eleição em muitas partes do Brasil, assim como aconteceu em Belém.
° Poderoso jornal da cidade, por problemas técnicos, não saiu às duas de Belém na última segunda-feira. A edição que circulou foi diminuta, restrita apenas a anunciantes e assinantes.
° Marabaense só tem a comemorar com os resultados obtidos pelo Águia no Brasileirão da Série C.
° População de Mosqueiro e demais ilhas esperam que, doravante, o prefeito Duciomar Costa amplie os trabalhos nessas bucólicas.
° Lilian, muito obrigado pelo comentário feito recentemente.
° A crônica “Viagem Maravilhosa” terá prosseguimento com mais dois capítulos.

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