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Dom Orani fica em Belém até 18 de abril

ROBERTO BARBOSA
O arcebispo metropolitano de Belém, Dom Orani João Tempesta, nomeado arcebispo metropolitano do Rio de Janeiro, em anúncio feito hoje no Vaticano (ao meio-dia, horário de Roma) pelo Papa Bento XVI, concedeu entrevista coletiva à imprensa nesta manhã informando que já sabia da decisão do Sumo Pontífice desde o último dia 20 do mês em curso. Ele deverá tomar posse na capital carioca em missa solene a ser celebrada na catedral local às 15h do dia 19 de abril, portanto, dentro dos dois meses previstos pelo Código Canônico para se mudar. “Eu levo a Amazônia comigo e espero contar com a ajuda de todos no Rio de Janeiro”, disse.

Dom Orani explicou que quando ordenou-se padre em 1974, esperava cumprir com sua obrigação sacerdotal simples, jamais imaginando que trilharia por caminhos tão altos e longos como de bispo e, agora, de arcebispo. Falou, ainda, que, ironicamente, os rios sempre estiveram ao seu lado, pois nasceu em São José do Rio Pardo, foi nomeado bispo da Diocese de São José do Rio Preto, veio ser arcebispo na Amazônia que tem uma infinidade de rios e, agora, vai para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
No momento, Dom Orani aproveitou para elogiar o trabalho de seus antecessores, Dom Alberto Gaudêncio Ramos e Dom Vicente Joaquim Zico e que, ao ser informado que viria para Belém, estava em um encontro em Aparecida. Aqui, passou a visitar todos os pontos da Arquidiocese de Belém e ficou impressionado com a nossa cultura e com a beleza da arquitetura não apenas na capital paraense, como em toda a região. Isso o encorajou a levar o nome de Belém para todo o Brasil ao ponto de trazer, para esta cidade, vários eventos de importância nacional.
Lembrou ainda Dom Orani, que a Arquidiocese de Belém é a terceira mais antiga do Brasil. A segunda é exatamente a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. “Portanto, são duas dioceses bem próximas em experiência e evangelização.

COMO FICAM AS COISAS
A principal indagação feita a Dom Orani foi com relação sobre quem irá assumir, doravante, a Arquidiocese de Belém. O arcebispo fez questão de dizer que, até o momento de sua posse no Rio de Janeiro, ele ficará cuidando da administração em nossa capital, inclusive, celebrando e participando de todos os atos relativos à Quaresma, Semana Santa e Páscoa. Posteriormente, a Arquidiocese ficará sob a direção – por uma semana no máximo, - de um conselho presbiteral que escolherá um administrador apostólico, o qual ficará governando a Igreja em Belém até que o Papa escolha o novo arcebispo, o que pode durar até um ano.
Esse administrador, disse Dom Orani, não poderá fazer mudanças na atual estrutura, a menos que passe de um ano e não seja escolhido um novo bispo. Então, poderá tomar certas medidas de importância para a Arquidiocese.
Para a escolha do novo arcebispo, serão ouvidos todos os párocos e ele próprio. Cada um fornecerá uma lista com três nomes de padres e esses serão apreciados pela Santa Sé. A decisão de escolher o arcebispo é pessoal do Papa que poderá nomear alguém dessas múltiplas listas ou algum arcebispo com experiência em outra diocese, esclareceu Dom Orani, o que normalmente ocorre quando se trata de capitais. No entanto, disse, não existe regra para essas decisões e são levados também em conta, os aspectos de cada diocese, tudo previamente consultado pelo Vaticano.

CÍRIO
Por fim, Dom Orani foi questionado como ficará o Círio de Nazaré neste ano, caso o Vaticano demore em nomear um novo arcebispo. Bem humorado, ele disse que a coisa poderia se complicar, porque ainda não foram distribuídos os convites aos bispos que virão fazer as pregações. Todavia, brincou, “se convidarem o arcebispo do Rio de Janeiro, e dependendo da agenda, possa ser que ele venha participar da maior festa religiosa do povo paraense, do Brasil e do ocidente.

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