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O LAGO DO CAIPURU EM ORIXIMINÁ

Encanto de belezas naturais e um ótimo lugar para a prática de pesca esportiva


   Amarelinha, quentinha, crocante, com aquele sabor que só os paraenses, ou melhor, os oriximinaenses  podem falar e defender perfeitamente. Estou me referindo ao sabor da "farinha de mandioca brava", que é produzida pelos ribeirinhos do Lago Caipurú, que por sinal, é um dos símbolos deste lugar, além dos briguentos Tucunarés, que são apreciados pela pesca esportiva.

Praia do Caipurú, na Comunidade de Nossa Senhora do Rosário
   O Lago do Caiupuru fica localizado a alguns minutos de barco, lancha, ou de carro da sede do município de Oriximiná, no Oeste Paraense. A população que reside nesse lugar sobrevive economicamente da produção de farinha e criação de pequenos animais. 
   Outra alternativa encontrada pelos moradores desse lugar, é o investimento no turismo. Com a criação do Projeto de Torneio de Pesca Esportiva (TOPE), muitos vem procurando se qualificar nesse ramo para atender a demanda do mercado que começou a surgir.
   Segundo os moradores, a melhor época para visitar esse lugar e curtir uma boa pescaria é o na época do verão amazônico, que acontece entre os meses de agosto a novembro. Com água límpida, acompanhada das longas praias de areia branca adjacentes ao redor do verde florestal, espelham nas margens do Rio Trombetas, dando um visual espetacular ao paraíso instalado no meio da Floresta Amazônica.
   O Rio Trombetas agasalha centenas de espécies de peixes, muito deles, ainda nem foram pesquisados, mas o que chama a atenção do praticante do esporte “pesque e solte”, é o famoso Tucunaré, uma espécie carnívora, quando é fisgado, trava uma longa briga com o pescador, fascinando o adepto deste tipo de esporte.
   No Lago existem duas comunidades: o "Caipurú de Fora" que é a “Nossa Senhora do Rosário” e o Caipurú de dentro, onde está a Comunidade “São João”. Nessas comunidades, a Unidade Integrada de Defesa Ambiental (UNIDA) implantou o projeto “Educação Ambiental no Campo”, uma proposta que atualmente vem sendo trabalhada para preservar a área da localidade, com o apoio dos ribeirinhos que são peças fundamentais para o desenvolvimento sócio-ambiental.
   Segundo Edivaldo Pereira, membro da UNIDA, foram feitos diagnóstico na localidade, capacitado parte dos ribeirinhos sobre as questões ambientais, e uma equipe técnica da Ong desenvolveu outro projeto de reflorestamento nas áreas ciliares do lago. Dessa forma, a Unida acredita que os ribeirinhos passarão a  adotar as práticas saudáveis de preservação e de convívio com o meio ambiente.
   Para desenvolver este Projeto a UNIDA contou com a colaboração da empresa Mineração Rio do Norte (MRN), que dou 2.400 mudas  de espécies nativas para serem utilizadas nas áreas desflorestadas. O processo de plantio foi realizado através de mutirão. 

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